A Massagem do Tecido Conjuntivo (MTC) é uma técnica específica de manipulação aplicada aos tecidos conjuntivos colocando-se uma tensão elástica sobre eles. Foi desenvolvida originalmente no final da década de 20, por uma fisioterapeuta alemã, Elizabeth
Na década seguinte, foram sendo adotadas por pesquisadores várias indicações para a MTC: Wolff, 1950, no tratamento de crianças com enfermidades metabólicas e neurológicas; Hüttemann, no mesmo ano, empregou na ginecologia; Schultze e Mutschler, 1955, demonstraram sua utilidade em cirurgia e ortopedia.
É um método desenvolvido na Europa e indicado em processos cirúrgicos, nas doenças neurológicas, ortopédicas, circulatórias e em especial nas doenças reumáticas.
A MTC tem tanto um efeito físico, dado pelo estiramento e mobilização do tecido conjuntivo, quanto um efeito reflexo, pela ativação da circulação e redução da dor em um órgão ou região distante. Este último efeito é muito utilizado no diagnóstico e tratamento dos órgãos internos através da aplicação da MTC a regiões específicas da pele.
Para o tratamento de toda a coluna o paciente deve adotar a posição sentada, sempre que possível. Para que a tração seja aplicada ao tecido conjuntivo e produzir efeitos físicos e reflexos. A profundidade do traço pode ser variada, alternando-se o ângulo dos dedos ou a velocidade do traço. A redução do ângulo ou da velocidade torna o efeito mais superficial. Nesse método não são usados lubrificantes, como cremes ou óleos.
Indicações Terapêuticas
Processos cirúrgicos e ortopédicos
Visto que após intervenções cirúrgicas ou traumatismos se produz uma hiperemia reativa na pele, no tecido conjuntivo e no músculo, a MTC vai reduzir a dor e relaxar os tecidos. Com menos dor, o paciente tem maior tolerância a um programa de exercícios terapêuticos precoce, reduzindo o período de recuperação.
Doenças reumáticas (especialmente indicada por afetar o tecido conjuntivo): fibromialgia, tendinites, osteoartrites.
Enfermidades nervosas: neuralgias, cefaléias e lombalgias, dor ciática, hemiplegia, esclerose múltipla, doença de Parkinson, paralisia cerebral, entre outras.
Enfermidades angioespásticas: gangrena arteriosclerótica ou diabética, doença de Raynaud e esclerodermia. Nas enfermidades venosas, úlcera varicosa e síndrome posflebítico, a MTC atua sobre as extremidades inferiores melhorando o retorno venoso e linfático.
Enfermidades dos órgãos internos: 1. condições respiratórias (bronquite, bronquiectasia, asma, enfisema); 2. coração (principalmente na angina pectoris); 3. desordens do sistema digestivo (úlcera e gastrites estomacais, constipação, disfunções hepáticas, entre outras); 4. doenças do sistema urinário (cálculo renal, enurese noturna); 5. condições ginecológicas e obstétricas (distúrbios menstruais e do climatério, gravidez, trabalho de parto, lactação, cirurgias ginecológicas).
Experiências demonstram que pacientes que estavam se deprimindo por si sentirem incapazes de cumprir tarefas domésticas e profissionais tornaram-se ativos, bem-humorados, apresentando sensação de bem-estar e um sono tranqüilo.
Contra-indicações
Existem alguns processos nos quais não se devem empregar a MTC. Entre eles estão tumores malignos, tuberculose, mioma uterino, cisto de ovário, certas condições cutâneas que afetam a área de tratamento, tais como, psoríase, feridas abertas e úlceras, inflamações agudas dos órgãos internos e certos distúrbios cardíacos. As doenças mentais não são tratadas pela MTC.
Duração e frequência do tratamento12
O tratamento pode ser repetido diariamente por aproximadamente 10 a 12 sessões, dependendo do estado e reação do paciente, durando em média 50 minutos a sessão.
Drª. Bruna Bárbara Benedeti
Fisioterapeuta
(11) 4029-1717 / 4602-2893
R: Rodrigues Alves, 512 Centro Salto/SP
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